Este artigo foi originalmente publicado por Jude Fulton no Medium sob o título "Why Architects are Super Well-Suited for Startups". Você pode ver a postagem original aqui.
1. Arquitetos são treinados para imaginar e trabalhar a partir da visão geral de um problema.
Somos acostumados a imaginar "um mundo onde ..." e a expressar como isso pareceria e seria sentido em termos bem tangíveis. Claro, esta semana talvez só possamos desenhar a primeira planta baixa, mas estamos fazendo isso sabendo como ela se encaixará na visão geral.
2. Testamos e aprendemos fazendo muitas coisas, iterativamente.
Arquitetos testam a circulação desenhando uma planta. Ou fazendo um filme. Avaliamos uma forma tridimensional tentando-a em uma maquete física. Avaliamos se a forma se encaixa na cidade colocando esse modelo em uma maquete que mostra um contexto maior. Arquitetos testam hipóteses fazendo. Muitos protótipos em diferentes escalas, visíveis a partir de diferentes perspectivas e ângulos. Cada "produto", que deve ser belo por si só, serve para testar hipóteses diferentes e deve oferecer uma ideia da visão geral como um todo. Para cada experimento, faça uma iteração rápida.
3. Relacionado ao número 2, arquitetos são rápidos 'prototipadores' e construtores por natureza.
Arquitetos prototipam e constroem para convencer os outros de sua visão. Como os edifícios são caros e difíceis de construir, nós construímos e entregamos protótipos em uma variedade de mídias:
a) papel (desenhos à mão → desenhos de computador → plantas digitais cotadas, seções e elevações)
b) Modelos (representações físicas, tridimensionais do real) e;
c) Renderizações (imagens digitais reais da sua visão do edifício).
No fim, os arquitetos desenham, fazem, imprimem e enviam rapidamente para convencer os outros de nossa visão.
4. Arquitetos não ligam para mudanças rápidas de planos e incertezas (pivotar).
Estudantes de arquitetura, especialmente. As coisas mudam muito rapidamente em uma semana normal na faculdade. Você aprende a "matar seus queridos"e seguir em frente. Nenhuma ideia é sagrada. O pivotamento acontece semanalmente, às vezes diariamente em seu primeiro ano de escola de arquitetura, e você percebe que, se deixar sua primeira ideia, pode continuar a produzir algo ainda melhor.
5. Arquitetos pensam em termos de sistemas
Execução é tudo. Não apenas o "quê" (instalações hidráulicas, mecânicas, revestimentos), mas o "como" e a seqüência em que os sistemas devem ser instalados. O conceito pode ser ótimo, mas a execução cuidadosamente pensada é fundamental para o sucesso de um projeto. Como resultado, os arquitetos são frequentemente considerados os "armadores" de um projeto de um edifício.
6. Relacionado ao número 5, arquitetos são ensinados a pensar em fases
Você não pode construir uma casa sem passar pelas fases: Estudo Preliminar → Anteprojeto → Projeto Executivo → Orçamento e negociação → Início da construção. As startups são semelhantes, pois quando levantam investimento, estão pedindo aos investidores que financiem uma fase específica da empresa, dizendo a eles que será produzido ABC e realizado XYZ dentro desse prazo estipulado.
7. Arquitetos são realmente determinados a aprender novas técnicas.
Como ficamos obcecados em encontrar a melhor e mais clara maneira de expressar uma ideia, muitas vezes nos perguntamos: “Posso aprender isso em 48 horas?” Com a ajuda de tutoriais do YouTube e fóruns online, a resposta geralmente é sim. Preciso de uma incrível renderização digital para legitimar minha apresentação? Uma animação em stop motion? Um filme? Quando você está sendo pressionado contra uma parede, é incrível o que você é capaz de aprender e fazer em um curto período de tempo.
8. Arquitetos são bons em filtrar feedback.
Nós recebemos uma tonelada de feedback. E você percebe rapidamente que não pode ouvir tudo, então arquitetos precisam ter filtros realmente bons. Filtro e foco. Seja bom em descobrir qual feedback ouvir e qual feedback ignorar (por enquanto). Quando você encontrar uma boa fonte de feedback (por exemplo, um usuário perspicaz ou um consultor), não o deixe escapar.
9. Escolher entre dormir mais 15 minutos e tomar banho.
Isso aconteceu pelo menos quinzenalmente para mim na faculdade. Durante meu primeiro ano aconteceu semanalmente. O ritmo de uma startup no começo pode ser semelhante. Mas você se acostuma e percebe o quanto é realmente capaz de fazer em um dia se focar e priorizar (por falar nisso, faça as duas coisas sempre que possível). Você aprende a priorizar e fazer o maior número de coisas humanamente possíveis com recursos muito limitados (tempo e dinheiro).
10. Se você não pode mostrar, você não pode dizer.
Na escola de arquitetura, eu fiz uma regra para mim mesmo: se eu não tivesse evidências visuais ou físicas de algo que eu estava descrevendo, eu não poderia falar sobre isso. É muito difícil pedir às pessoas que visualizem algo que você está imaginando sem nenhuma evidência, mesmo que pequena. Coisas concretas e tangíveis são cruciais nas apresentações. Mostre (ao invés de dizer) o máximo possível.
E finalmente, o último é realmente importante ...
Nós acreditamos na serendipidade intencional.
Há muitas noites que você descobre algo legal por acidente. Seu modelo de concreto no molde ficou engraçado, mas acabou melhor do que você pensava. Ou uma configuração acidental de um software que produziu o efeito perfeito. Quando você está no estúdio, fazendo coisas e conversando com amigos, coisas boas tendem a acontecer. Às vezes, Kanye aparece. Um amigo ajuda você a consertar a cortadora a laser, ou você encontra os materiais de sucata que você precisava para completar a sua maquete a tempo da entrega das 10 horas da manhã. Eu sei que eu me beneficiei em várias ocasiões disso tudo. Isso tende a favorecer aqueles que estão preparados para estes acontecimentos.
Sobre a autora: Jude Fulton é uma arquiteta que se tornou fundadora da Mosss, uma plataforma destinada a conectar tecnologia e design. A missão de Jude é oferecer inspiração em design, ferramentas, inteligência e educação para o mundo. Ela é formada em arquitetura e design em Harvard, RISD e Yale.